O câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. A cada ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra cerca de 185 mil novos casos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer.
O tipo mais comum, o não melanoma, tem letalidade baixa, mas acontecem com mais frequência. Já o melanoma é o tipo mais agressivo e é mais raro, porém mais letal. São 8,4 mil casos anualmente. Os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, por sua vez, são responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano.
Por isso, a prevenção é tão importante. E o Dezembro Laranja, campanha nacional de conscientização sobre o câncer de pele, foi criado para informar e orientar as pessoas sobre a doença, suas diferentes formas e como preveni-la. A ação acontece em várias cidades brasileiras. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), inclusive, promove atendimentos em vários postos pelo País. Desde a sua implantação, em 1999, a iniciativa já atendeu mais de 600 mil pessoas. A SBD também realiza ações de conscientização nas redes sociais.
Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cutâneos. Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol. Os grupos de maior risco são os do fototipo I e II, ou seja: pessoas de pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, os que possuem antecedentes familiares com histórico de câncer de pele, queimaduras solares, incapacidade para se bronzear e muitas pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados.
Usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares.
Cubra as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas.
Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16 horas (horário de verão).
Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou de diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
Comments