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Violência doméstica e assédio sexual nos ônibus foram temas da Reunião da Operação


Nos dias 7, 8 e 9 de fevereiro, no auditório da Flores, foi realizada a Reunião Geral da Operação, encontro semestral da área operacional. O gerente de Planejamento e controle operacional, Paulo Jerônimo, conversou com motoristas, fiscais, cobradores, controladores e líderes operacionais sobre os resultados do último semestre e as metas para o próximo. Também tratou de assuntos específicos de cada área e reforçou os conceitos da organização.


Durante os encontros, que foram divididos de acordo com as áreas de atuação dos profissionais, dois temas importantes estiveram em pauta: violência doméstica e abuso sexual no interior dos ônibus. Em palestra ministrada pelo instrutor Ulisses Hipólito, os assuntos foram amplamente debatidos.


Por lei, ambos os temas devem ser motivo de palestra ou treinamento dentro das empresas do estado do Rio de Janeiro. No caso da violência doméstica, a Lei 8587, de 2019, determina que as empresas com mais de 100 funcionários, que têm em seus quadros 60% ou mais trabalhadores do sexo masculino, devem promover, anualmente, palestra sobre o assunto para seus colaboradores. No caso do abuso sexual nos coletivos, a Lei 9649, de 2022, obriga especificamente as empresas de transporte coletivo a dispor sobre o programa de prevenção ao assédio nos transportes coletivos públicos e privados e instituir a campanha “Meu corpo não é público”.


Em sua palestra nos encontros da Reunião Geral da Operação, Ulisses explicou diversos aspectos das leis. Ele ressaltou a importância dos colaboradores estarem preparados para lidar com a questão do assédio sexual nos ônibus, saberem como agir e como orientar as vítimas a fazerem o registro da ocorrência na delegacia policial e também sobre como acessar a rede de apoio existente.


De acordo com o que foi apresentado pelo instrutor, “dizer não ao assédio é não aceitar mais que mulheres sejam vistas como objetos sexuais passivos ou como vítimas frágeis do poder dos homens. Dizer não ao assédio é afirmar que as mulheres podem e devem ter controle sobre a própria sexualidade. É mostrar que é possível igualar a voz e o poder da mulher na sociedade, é não submeter as mulheres aos papéis sociais tradicionais”.


O Grupo JAL afixou adesivos da campanha “O ônibus é público. Meu corpo não” dentro dos ônibus com o telefone da Central de Atendimento à Mulher (180) e outros números para denúncias em municípios da Baixada Fluminense, bem como o site da polícia civil.








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