Devido ao crescimento do número dengue no estado do Rio de Janeiro - até o dia 23 de fevereiro foram 49.405 notificações de casos prováveis, cerca de 308 por 100 mil habitantes, com quatro óbitos (dois na capital, um em Itatiaia e um em Mangaratiba) – o governo decretou situação de epidemia.
A boa notícia é que o Ministério da Saúde enviou para o estado do Rio, dia 22 de fevereiro, o primeiro lote de vacinas (231.928 doses) contra a dengue. Onze cidades da Baixada Fluminense e mais a capital já receberam o imunizante e algumas iniciaram a vacinação.
Os 12 municípios fazem parte da região de saúde Metropolitana I. São eles: Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, São João de Meriti, Seropédica e Queimados.
As primeiras doses serão aplicadas em crianças entre 10 e 11 anos. Com a chegada de mais doses, a vacinação será ampliada até atingir todo o público-alvo, que é dos 10 aos 14 anos.
O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Os critérios para a quantidade de doses para os municípios e a definição do público-alvo levam em consideração a população e o volume de casos de crianças hospitalizadas de 2019 a 2023.
Essa primeira remessa de vacina, com cerca de 757 mil doses para 521 municípios, chegou ao Brasil em janeiro. O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses. Outra remessa, com mais 568 mil doses, chegou em fevereiro. Além dessas, o Ministério da Saúde adquiriu o quantitativo total disponível pelo fabricante para 2024: 5,2 milhões de doses. De acordo com a empresa fornecedora, a previsão é que sejam entregues ao longo do ano, até dezembro. Para 2025, a pasta já contratou 9 milhões de doses. O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.
